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Representantes da Unicamp, Incra e da Agência Kadaster, da Holanda, realizaram visita técnica ao Registro de Imóveis de Campo Novo do Parecis

14 de setembro de 2017

     Estiveram em visita técnica no município de Campo Novo do Parecis, no último dia 30 de agosto, o coordenador do núcleo de economia da Unicamp, professor doutor Bastiaan Philip Reydon e o pesquisador Gabriel Pansani, do Grupo Governança de Terras;  Thiago Marra, técnico do Incra-Brasília, idealizador do Sigef;  e a  doutora Mathilde Molenkijk, gerente da agência Holandesa Kadaster International, com a finalidade de conhecer o projeto “Meu Município, à luz do Registro de Imóveis”, idealizado e coordenado pelo doutor José de Arimatéia Barbosa, oficial registrador, o qual contou com o apoio dos escreventes Loivo Brum e Mariza Thomaz, respectivamente, gestor ambiental e desenhista. Também contou com a colaboração da engenheira florestal Vanessa Vaseli e de Evandro Kennedy, que atuou como guia no município.

     Em síntese, seu objetivo, nesta primeira fase de execução, foi identificar e elencar os imóveis rurais georreferenciados e certificados pelo Incra e aqueles ainda pendentes dessa exigência legal, prevista na Lei 10.267/01, regulamentada pelos Decretos 4.449/02; 5.570/05 e 7.260/11, reservas indígenas; imóveis dominicais matriculados em nome da União, Estado e/ou município; averbações de reservas legais e/ou ambientais, bem como, no âmbito urbano, diagnosticar os imóveis com benfeitorias averbadas nas respectivas matrículas.

     A visita técnica foi estendida a Tangará da Serra, onde contou com o total apoio do registrador Antônio Tuim e sua equipe, formada pelos escreventes Júlio Roberto, Joile Keidy e Almir Azevedo, responsável técnico, pelo motorista João, pelo advogado Luiz Henrique e pelos engenheiros  Luiz Silva e João Dias, todos colaboradores do projeto em evidência.

     Destaca-se que a recepção dos visitantes, liderados pelo professor Bastiaan, contou com a participação dos professores da UFMT Vera Lúcia e Marcos Prado; Ana Flávia (PGE) e Adriana Sant´anna Coningham - Juíza da Vara Agrária de Cuiabá – MT, presentes em audiência previamente agendada junto aos mais diversos órgãos do Estado.

     Durante a semana, visitaram a localidade de São Joaquim em Tangará da Serra, uma área de posse onde existem mais de 60 imóveis de pequenas propriedades com no máximo 40has, decidindo que a partir dali, facultativamente, sem quaisquer custos para os proprietários e com a efetiva participação dele e/ou de prepostos seus, seria iniciado o projeto denominado “FIT FOR PURPOSE”.

     Tal iniciativa tem como objetivo testar uma nova metodologia que simplifica o processo de regularização fundiária. Com a tecnologia desenvolvida pela Kadaster, será aplicado em um conjunto de imóveis do município de Tangará da Serra e de Campo Novo do Parecis, contando com a ajuda dos respectivos Cartórios de Registro de Imóveis.

     Dentre suas diferentes importâncias, uma que se ressalta é a participação da população. Por meio de dispositivos móveis e satélites, essa tecnologia é capaz possibilitar a mensuração do perímetro de cada imóvel (com até 4MF’s) pelo seu próprio morador e automaticamente georreferenciar a propriedade. Com os dados concretizados, é de finalidade incluí-los na base de dados do INCRA, culminando com as necessárias averbações nas respectivas matrículas dos imóveis, a que se referem.

 

     KADASTER INTERNATIONAL é uma agência holandesa, sediada em Amsterdam, responsável pelo cadastro e registro dos imóveis urbanos e rurais daquele país e que internacionalmente, sob a responsabilidade política do Ministério da Infra-Estrutura e Meio Ambiente, em parceria com diversas universidades, atua na execução de similares projetos e/ou como órgão consultivo, compartilhando seu conhecimento de governança de terras e informações geográficas em distintos países.

     Conclui o registrador José de Arimatéia, que os projetos “MEU MUNICÍPIO” na perspectiva do Registro de Imóveis e “FIT FOR PURPOSE”, do Kadaster em parceria com a Unicamp, são convergentes, pois ambos têm como princípios: ações com tecnologias já existentes, metodologias criativas, cooperação de entes de forma economicamente viável e principalmente o uso adequado do atual arcabouço jurídico legal; agora de forma ainda mais positiva com a sanção da Lei 13.465/2017, que objetiva fomentar com maior dinamismo a regularização fundiária rural e urbana, descentralizando para os municípios e desjudicialização, competência outrora reservada ao Poder Central e/ou ao Judiciário.