Empatia e respeito é o que deseja Evelize Haack Kley, que tem um filho de quatro anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Apesar dos julgamentos e das dificuldades enfrentadas no dia a dia, o amor incondicional de mãe a transforma em um símbolo de coragem e perseverança na luta por um mundo melhor para os autistas, livre da discriminação e do preconceito.
Empresária, Evelize Haack Kley divide suas funções com o cuidado diário de seu filho Davi Thiago, que foi diagnosticado com espectro autista. Para ela, mesmo com uma rotina desgastante, nada supera o amor de ter um filho com essa condição.
“O Davi é um menino extremamente inteligente, amoroso, carinhoso, ele sorri demais e é super alegre” conta a mãe, destacando que a jornada ensina muito sobre generosidade, paciência, respeito e, acima de tudo, empatia.
Questionada sobre o maior obstáculo nos cuidados com Davi, Evelize afirma: “A maior dificuldade que eu tenho é inseri-lo na sociedade”. O motivo são os comportamentos de Davi que, segundo a mãe, incomodam pessoas que olham de maneira julgadora e até proferem comentários inapropriados. No entanto, o que algumas pessoas ainda não sabem é que o autismo não se trata de uma doença, mas de um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social e padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.
Para Evelize, esses tipos de julgamentos feitos por uma parcela da sociedade, em razão da falta de informação, causam uma certa preocupação em relação a falta de preparo e empatia das pessoas que ainda não aprenderam a lidar com portadores do Transtorno do Espectro Autista. “Quando você vê as pessoas olhando, as pessoas julgando, você vê que o mundo não está tão preparado assim, as pessoas não estão tão empáticas assim e isso nos preocupa muito”, desabafa a mãe, que completa: “Isso nos esmorce, nos chateia, porque você só quer viver a sua vida, cuidando do seu filho, você quer fazê-lo feliz, preparar o mundo para ele”.
Foi pensando em casos como o da Evelize que a Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg/MT) criou uma campanha de conscientização em alusão ao Abril Azul, que vai disponibilizar à população, durante todo o mês, uma série de conteúdos como materiais para download, impressão e compartilhamento, além de depoimentos, a fim de reduzir discriminações e preconceitos acerca da condição que afeta cerca de 70 milhões de pessoas no mundo e 2 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para finalizar, Evelize deixa uma mensagem que ajuda a fortalecer ainda mais esse movimento em prol da conscientização sobre o autismo: “Nesse mês de abril, no Abril Azul, eu quero trazer pra você mais informações sobre o autismo, porque a empatia e o respeito não começam de uma ação muito grande de uma pessoa só, começam em pequenas ações de poucas pessoas e isso vai crescendo, vai aumentando e daqui a pouco serão muitas ações de muitas pessoas”.
Assessoria de Comunicação da Anoreg/MT