O primeiro dia do “Curso de Português e Oratória”, realizado na noite desta sexta-feira (23 de junho) pela Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT) e pela Escola Mato-grossense de Notários e Registradores (Emnor), reuniu dezenas de participantes. Conduzido pela advogada e professora, Giovana Scherner, todos tiveram a oportunidade de conhecer a história da língua portuguesa que, segundo a expositora, é a quarta língua mais falada no mundo e teve origem do latim popular e clássico.
Conforme a palestrante, existem três tipos de linguagem, sendo: a técnica, referente ao ofício ou área de trabalho (médico, advogado, contador); a coloquial, que é o popular, usada no dia a dia; e a formal, que diz respeito à solenidade, condiz com situações de formalidade como as sentenças judiciais, os acórdãos, ofícios, ata notarial, dentre outros documentos.
Em seguida, Giovana Scherner explicou como se deve escrever. Em sua avaliação, deve-se iniciar com a estrutura de um texto (início, desenvolvimento e conclusão); delimitar o tema (alienação de veículo, venda de imóvel, divórcio); qualificar as partes; utilizar palavras conhecidas (é preciso que as pessoas compreendam a mensagem); observar a concordância (singular com singular, plural com plural); elaborar o rascunho (são essenciais para organização do texto); e escrever o texto definitivo.
Na sequência, abordou como ler. “É preciso ter uma posição corporal correta, respiração adequada, entonação, respeito à pontuação e vocabulário, e pronúncia correta”, disse. O quarto tópico abordado foi como interpretar. Segundo Giovana Scherner, o ideal é grifar palavras e trechos importantes; destacar o contexto; elencar os elementos estruturais; e construir o pensamento científicos.
A palestrante também falou sobre polissemia (vários significados); homonímia (mesma grafia ou mesma fonia – cessão/sessão/seção; remissão/remição; cassar/caçar); e paronímia (afinidade de palavras de sentido diverso em relação às outras, ou por grafia ou por som (infligir/infringir; mandato/mandado; eminente/iminente).
Versou ainda sobre roteiro para uma boa escrita, o que inclui o domínio do português; a objetividade; a clareza; evitar a erudição; planejar a escrita; elegância; contextualizar o texto; e revisão. Por fim, discorreu sobre como usar por que (usado no início das perguntas); por quê (usado no fim das perguntas); porque (usado nas respostas) e porquê (usado como um substantivo); mas (conjunção adversativa); mais (advérbio de intensidade/somatória); assim (desse modo); ah, sim! (expressão de entendimento); há, sim! (afirmação que algo existe), além do uso da vírgula.
Assessoria de Comunicação da Anoreg-MT