A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT) homenageou Marcelo Rodrigues de Freitas, pai da consultora jurídica Silvana Souza Freitas Gonçalves. A solenidade ocorreu durante a realização do XIX Encontro Estadual de Notários e Registradores, em Cuiabá, no último fim de semana (22 e 23 de novembro). A homenagem está exposta na Anoreg-MT, no Memorial Arnaldo Rondon e João Batista de Almeida.
Marcelo de Freitas identificou a necessidade dos serviços notariais na região e deu início a eles antes mesmo de Pontes e Lacerda se tornar distrito. Ele foi titular do Cartório de Paz e Notas daquele município em 1979; titular do 1º Serviço Notarial e Registral de Pontes e Lacerda em 1989, e associado do Colégio Notarial do Brasil desde sua fundação.
História
No dia 16 de fevereiro de 1975, Marcelo Rodrigues de Freitas instalou residência em Pontes e Lacerda com sua família em busca de boas terras para a atividade agropecuária. Havia adquirido, dois anos antes, alguns hectares no município, transferindo suas atividades de agricultor e pecuarista de Paranaíba (MS) para o norte de Mato Grosso.
Como comerciante, conheceu e viveu profundamente os problemas da região, pois adquiria e recolhia no local das colheitas praticamente a totalidade dos grãos e cereais cultivados entre os municípios de Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade e Jauru.
Vivenciou o principal problema do agricultor local, enfrentando as precárias estradas que existiam para o escoamento da produção. Para melhor figurar a situação naquele tempo, no clima seco perdia-se até oito horas de viagem para se deslocar até Cáceres e cerca de 12 horas para cobrir a distância entre Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Quando chovia, as estradas alagadas do pantanal mato-grossense faziam este percurso perdurar dias.
A comarca
Sensibilizado pelas dificuldades encontradas na região quanto aos serviços notariais, devido às péssimas condições das estradas e a necessidade de se deslocar até Cáceres, Marcelo de Feitas usou do contato que tinha com o então chefe da Procuradoria de Justiça do Estado, Antônio Hans, para relatar suas experiências ao corregedor-geral da justiça, desembargador Ataíde Monteiro. Este o instruiu a fazer uma estatística de tudo que ali existia para que fosse criada uma unidade de Registro Civil e Tabelionato em Pontes e Lacerda.
Em 1977, quando então foi criado o Distrito de Pontes e Lacerda, Marcelo de Freitas foi notificado por Antônio Hans que na Organização e Divisão Judiciária do Estado, ainda a ser publicada, constava a criação do Cartório de Paz e Notas da cidade.
O cartório teve seu funcionamento adiado por questões políticas até agosto de 1979. Levando em consideração seus 10 anos de experiência como escrevente de notas e escrivão judicial na Comarca de Paranaíba (MS), Marcelo de Freitas foi nomeado oficial do Registro Civil e Tabelião.
Em 1983 foi desmembrada da Comarca de Cáceres a Comarca de Mirassol D’Oeste e, finalmente, em 1985, a Comarca de Pontes e Lacerda foi criada, resultando na instalação definitiva do Cartório do 1º Ofício.
Outros títulos e premiações
Marcelo de Freitas foi presidente do Sindicato Rural de Pontes e Lacerda nos anos de 1988, 1989 e 1990; empenhou esforços para a instalação da Apae de Pontes e Lacerda, na década de 80; fundados do Hospital Funrural – hoje Santa Casa e Maternidade de Pontes e Lacerda; contribuiu para a instalação da Guarda Mirim de Pontes e Lacerda, no biênio 1988/1989; fomentou a criação do Colégio Estadual de Primeiro e Segundo Grau Dormewil Farias, em 1988; contribuiu pagando por parte do terreno onde foi construído o Clube Recreativo Cantão, em 1986; e contribuiu para a criação da feira livre, uma vez por semana, na região central da cidade a partir de 1984.
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