Os “Desafios e Perspectivas dos Serviços Extrajudiciais em Mato Grosso” foi um dos temas debatidos durante a realização do XXIII Encontro Estadual de Notários e Registradores, em Cuiabá. O painel contou com a participação dos representantes da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais Seção Mato Grosso (Arpen-MT), Rodrigo Oliveira Castro; do Sindicato dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Sinoreg-MT), Elmucio Jacinto Moreira; do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil Seção Mato Grosso (IEPTB-MT), Wellington Ribeiro Campos; e do Colégio Notarial do Brasil Seção Mato Grosso (CNB-MT), Edivaldo Maurício Semensato.
O primeiro a se manifestar foi Elmucio Moreira, que ressaltou que a classe tem que primar pela legalidade; que o Sindicato não compactua com ilegalidades; que tem conhecimento dos desafios que tem pela frente, sendo, o maior de todos, fazer o trabalho na própria serventia. Segundo ele, o Sinoreg-MT adota como perspectiva uma classe forte que, além da essencialidade, age com transparência, ética e moral na prestação dos seus serviços.
Em seguida, Rodrigo Castro informou a crescente demanda por certidões durante a realização da Semana Nacional do Registro Civil, sendo 19.389 em 2023; 88.160 certidões em 2024; e 143.271 em 2025, aproveitando a oportunidade para agradecer todos os registradores civis pelo comprometimento.
Após, Wellington Campos destacou que é preciso padronizar o procedimento do protesto em todo o país. Ele disse que quando se protesta um devedor, os birôs de crédito são informados para que haja as negativações. Porém, segundo ele, muitos se desvencilharam dos cartórios e não realizam mais esse trabalho, deixando o protesto de ser eficaz.
De acordo com o presidente do IEPTB-MT, as perspectivas do protesto para o futuro são boas. “Temos plataformas eletrônicas que facilitam todo procedimento, bem como há formas de negociação dos valores. Hoje, temos cerca de 50 milhões de pessoas físicas e jurídicas protestadas, sendo que 60% do crédito pode ser recuperado imediatamente”.
Por fim, Edivaldo Semensato expôs que o CNB-MT enfrenta dificuldades como, por exemplo, adesão dos notários ao e-Notariado e número baixo de associados, sendo como perspectiva a utilização do “escrow account”, uma forma de garantir mais segurança nas transações jurídicas.