A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT) realizou na noite desta quarta-feira (31 de março) mais uma live do Projeto “Memórias”. Desta vez, a entrevistada foi a registradora de imóveis no 1º Ofício de São José dos Quatro Marcos, Cleusa Aparecida Herrera.
Conduzida pelo tabelião substituto no 2º Ofício de Pedra Preta, Wagner Melo, Cleusa Herrera iniciou a entrevista contando sua trajetória pessoal. Ela informou que foi aprovada em concurso público em 1994, na cidade de Castanheira, exercendo a função por 11 anos. “Adquiri uma boa experiência, mesmo o cartório tendo pouco movimento, haja vista a cidade possuir seis mil habitantes. A princípio, tive muito medo que meus filhos passassem fome, pois não é fácil trocar o certo pelo duvidoso. À época, eu era concursada no Fórum de Juína, mas arrisquei”, confessou.
Após 11 anos, participou do concurso público de remoção e fui aprovada para a escolha de serventia. “Escolhi Rosário Oeste, mas foi uma dificuldade muito grande em assumir, uma vez que ela se encontrava sub judice devido a muitos problemas que estavam sendo resolvidos com o titular anterior. Após muita demora e eu, precisando trabalhar, pois a minha serventia já estava à disposição para ser escolhida por outra turma que havia feito o concurso público de ingresso. Então, solicitei uma oportunidade de escolha de nova serventia ao Tribunal de Justiça, a qual me foi concedida, escolhendo São José dos Quatro Marcos, vindo para cá e iniciado minhas atividades”.
Cleusa Herrera contou que, antes de ser registradora, trabalhou como babá, empregada doméstica, atuou na roça, em colheitas de café e algodão, foi secretária num clube social em Altônia (PR), até vir para Mato Grosso, onde está desde 1984. “Fui para Tangará, onde trabalhei como vendedora e, após, caixa numa loja de calçados. Depois, fiz teste no Banco Mercantil de São Paulo e fui chamada para trabalhar. Trabalhei por um ano até casar. Casei, fiquei um ano parada e fiz concurso público em Juína para o Banco do Estado, na época o Bemat. Fui aprovada e me mudei para lá. Após quatro anos trabalhando no banco, fiz concurso para o fórum. Pedi demissão do banco para assumir a função de distribuidora judicial no fórum e, após, três meses, fui informada que o concurso havia sido cancelado. Foi muita dificuldade que passamos”.
A registradora disse que, à época, a escrivã a apresentou ao juiz substituto, que era de Juara, explicou suas necessidades, a forma como trabalhava, o qual a contratou temporariamente como coordenadora administrativa. “Consegui trabalhar por dois anos, fiz o concurso público novamente para distribuidora judicial, fui aprovada e exerci a função por quase dois anos até ser aprovada no concurso para cartório”.
Perguntada sobre a importância de dados estatísticos para a gestão de cartório, Cleusa Herrera informou que são fundamentais para o aprimoramento dos serviços, bem como acrescentou que participou dos Prêmios Qualidade Total Anoreg e Inspire Qualidade, sendo ouro no primeiro e, prata, no segundo.
Cleusa Herrera acrescentou que o atendimento aos usuários deve constantemente ser observado e aprimorado. “Temos que estar sempre de olho, orientando os colaboradores a prestarem atendimento de qualidade. Devemos instruir a pessoa, orientá-la, encaminhá-la ao órgão competente ou contador para que ela consiga, de fato, resolver o que precisa. Não podemos simplesmente informar a pessoa”.
Em relação às curiosidades da vida pessoal, contou que sofreu acidentes de carro. “Numa viagem, fui trocar música e, chegando numa curva, cai numa ribanceira. Outra vez, uma carreta cortou toda a lateral do meu carro. Já fui fechada e, também, sequestrada”.
Em seguida, a mensagem que Cleusa Herrera deixou aos colegas notários e registradores, colaboradores e família foi de amor. “Essa palavra diz tudo. Tudo o que se faz com amor, você faz bem feito. Não importa se você comete erros. Desde que não seja com dolo, você consegue se sobressair, cativar as pessoas. Eu amo minha profissão e as pessoas à minha volta. Então, não tenho do que reclamar. Quando a gente se ama e ama o próximo, conseguimos ver os mínimos detalhes e estender a mão, ser mais solidários e isso tem que servir em todos os momentos e lugares, independentemente de onde seja e com quem seja”.
Por fim, Cleusa Herrera participou de um bate bola, respondendo as seguintes perguntas:
Time de futebol – “Corinthians”.
Hobby – “Amo cantar e bordar”.
Música – “Naquela mesa”, na voz de Nelson Gonçalves, Ana Duncan”.
Comida – “Arroz, feijão, ovo e tomate”.
Ídolo – “Madre Teresa de Calcutá. Ela é amor puro”.
Livro – “São muitos. Os homens que odeiam as mulheres e O caçador de pipas”.
Frase – “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”.
Sonho – “Ver todos os meus filhos realizados e felizes”.
Um lugar para viajar – “Espanha”.
A live com Cleusa Herrera pode ser assistida no vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=gNTVDtAcw1M Assessoria de Imprensa Anoreg-MT [email protected] www.facebook.com/anoreg/mt (65) 3644-8373