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Gestor e perito ambiental expõe artigo científico sobre produção agrícola em território indígena

5 de dezembro de 2020

     O gestor e perito ambiental Loivo de Castro Brum foi um dos palestrantes no webinar “Pesquisas científicas na atividade notarial e registral”, promovido pela neste sábado (5 de dezembro) pela Escola Mato-grossense de Notários e Registradores (Emnor). Ele apresentou o artigo “Questões sobre a produção agrícola em 19.780 hectares de lavouras mecanizadas em território indígena na região de Campo Novo do Parecis-MT”.

     Loivo Brum disse que os indígenas das etnias Paresi, Manoky e Nambikwara estão produzindo soja, milho, feijão e girassol. “Os indígenas daqui viviam em situação difícil de sobrevivência antes dessas produções. Muitos trabalhavam de forma precária, níveis de desnutrição. Com a ajuda da Funai, procuraram soluções para resolver o problema e descobriram, na agricultura, uma saída. No início, abriram áreas irregulares, ocasionado na assinatura de um TAC com o Ministério Público, que autorizou que a comunidade indígena cultivasse áreas em parceria com produtores. Posteriormente, o Ministério Público entendeu por bem encerrar o TAC e assim os indígenas começaram produção própria”.

     Segundo o perito ambiental, “a qualidade de vida deles melhorou e a atividade fomenta projetos de piscicultura, mantem três brigadas de incêndio no território indígena. A atividade econômica no território indígena beneficia o meio ambiente de quase 20 mil hectares. Com essa atividade econômica, conseguem promover a cultura deles, distribuir renda entre as famílias, e preserva o meio ambiente, evitando prática de queimadas para a caça, por exemplo”.

     Conforme Loivo Brum, um dos principais investimentos é na capacitação dos seus entes. “Todo o atendimento é feito pelos próprios indígenas. Tem médicos e psicólogos”.